11 julho 2009

eu e meu namorado


quando fui morar na Bahia, nos idos de 1968, o que me fazia mais falta, do que sentia mais saudade, eram meus amigos. Nunca fui muito de namorar, mas tinha amigos muito queridos, com quem tinha estreita convivência. Uma vez, lá em Salvador, minha mãe disse a um médico, ao qual fomos consultar, que estava me achando muito triste, não sabia o que eu tinha, pois não me queixava de nada, mas ela sabia que não estava normal. O médico conversou muito comigo, e depois ao falar com minha mãe, deu seu diagnóstico. Eu estava com Banzo, e nos explicou que essa era a doença da qual os negros que chegavam ao Brasil, vindos da África, sofriam e que provavelmente, eu estava com saudade da minha terra natal. Ele acertou, mas ficou faltando falar da falta dos amigos. Nossa, como eu sofria com a saudade! Um desses meus queridos amigos, era Sergio, hoje meu marido. Quando voltei para cá, em 1971, nossa amizade se estreitou mais ainda, e percebemos que já não seria possível um ficar sem o outro e o inevitável aconteceu. No dia 12 de julho de 1971, começamos a namorar. Esse namoro, como diria um amigo meu, está forte, robusto e são até hoje. Sempre comemoramos essa data. Agora, com nossos filhos também casados e em sua casas, nós, ainda que sós e saudosos, continuamos a comemoração. Haja festa!

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