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03 novembro 2009
urso polar
Sábado, Tati e eu fomos dar uma olhada no comércio. Ela estava procurando roupas para festa. Entramos em várias lojas, olhamos um bocado de roupas bonitas, quando um vestido numa "arara", chamou minha atenção. Era um vestido curtíssimo, de mangas também curtas, branco, mas de lã. Eu comentei que realmente não saberia em que estação usar uma roupa daquelas, pois no frio, faltava tecido nas mangas e no comprimento e no calor, afe!, quem aguentaria com um tecido quase como um feltro. Fora dizer, que qualquer uma ficaria com cara de urso polar com aquele vestido, não é mesmo? Rimos imaginando alguém com um vestido daqueles e isso me lembrou um outro vestido. Quando tinha uns quatorze para quinze anos, ganhei sei lá de quem, um corte de tecido, que era como uma pelúcia, quase um estracã, tecido usado para fazer bichinhos, ou aquelas almofadas vermelhas em forma de coração escrito I LOVE YOU, sabe aquelas? Pois então. O tecido era peludo daquele jeito e era moda naqueles tempos. Como moda também era o estilo militar para vestidos. Minha mãe, para me agradar ou a quem me deu o bendito tecido, fez um vestido bem curtinho, cheio de botões dourados, com mangas extremamente largas no punho, bem na modo atual. Um horror! Me senti o próprio urso polar nele. Como era costumo, fui a missa para estrear a oitava maravilha do mundo moderno, para depois ir até o clube que frequentávamos, na domingueira dançante. Chegando no clube, minha irmã e eu, exímias pés de valsa, já fomos convidadas à dançar, por nossos amigos. Tocou uma seleção de músicas lentas e no fim desta, quando nos separamos, reparei que meu parceiro, que até então estava com uma linda camisa azul marinho, tinha passado a vestir, uma não tão linda camisa cheia de pelos. É isso mesmo. Uma porção de pelos de meu vestido tinham ido parar no meu amigo. Não sabia onde por a cara. Ele quase desmaiou quando viu o estrago e saiu de perto sem falar chau. Quando ia saindo de fininho do salão, outro amigo nosso me puxou para dançarmos. Ele estava de vermelho. O inferno de Dante se repetiu com ele. Não sabia o que fazer nem para onde ir. Tudo que queria era encontrar minha irmã, para irmos embora. Quando isso aconteceu, ela estava se esbaldando em risos. Os dois amigos tinham encontrado com ela e tido que me levasse embora, pois tinha ainda muitos rapazes com roupas escuras por lá e com certeza eu tinha me transformado no HORROR DO BAILE. O pior é que tive que usar em muitas outras ocasiões aquele bendito vestido. Em bailes, quando eu chegava, era uma farra, só faltavam pular as janelas do clube, conforme eu ia passando. Como já tinha bom humor naquela época, acabei usando aquele vestido, só para me divertir com essa situação. Até que ao lavá-lo ele encolheu tanto, que sem a menor condição de usá-lo novamente, minha mãe optou em dá-lo para outra pessoa. Não me lembro que foi a felizarda que o ganhou, mas uma coisa eu tenho certeza, ninguém se divertiu com ele, tanto quanto eu.
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Um comentário:
Ai Welze, que estória,ein?
Ri pra caramba com vc de urso polar...hahaha!
E os rapazes então? Tá parecendo aquele filme Carrie,a Estranha...em que todo o pessoal do colégio zoava a menina, e depois ela volta pra se vingar!
A gente na época, não acha graça, mas depois com o passar do tempo, vira piada,né?
Já aconteceu cada uma comigo tb!
Mas é gostoso lembrar, né?
Beijos e obrigada pelo seu carinho, amiga!
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