07 dezembro 2009

LEMBRANÇAS DE NATAIS PASSADOS

Conversando com minha cucla ontem à tarde, lembrando coisas de outros tempos, lembrei-me de uma passagem quando tinha mais ou menos uns quatro anos. Naquela época, as bonecas não eram muito bonitas. Os rostinhos não eram como das bonecas de hoje. Então, minha mãe, procurando por uma mais bonitinha, chegou numa com corpo, braços e pernas de pano e pézinhos, mãozinhas e rosto de louça. Era uma novidade aquela boneca. Era importada sei lá de onde e muito cara. Mas, ganhei a dita cuja. Na manhã do dia de Natal, acordei depois de dormir, ou quase isso, pois passei a noite em claro com minha "filha", tamanha era a emoção por ter ganho uma boneca tão linda e com o corpinho tão molinho e macio como o de um bebe. Pois bem me levantei, fiz minha higiene e fui tomar café da manhã com meus pais. É claro que dei café para minha "filhinha" também . Como era um bebe, se sujou e achei conveniente limpá-la. Mas como mãe zelosa, achei melhor lavar seu rostinho. Foi aí que o meu mundo quase veio abaixo. Ao passar água pelo rosto da boneca, a pintura dele saiu em minha mão. Quase desmaiei. Gritei por socorro e quando chegaram ao banheiro, minha mãe caiu na gargalha. Eu estava com a boneca sem a metade da pintura do rosto e com os olhos tão arregalados e mal conseguia falar. Minha mãe, dona da calma deste mundo, pegou a boneca da minha mão e falou que daria um jeito. Meu pai se encarregou de me acalmar. Minha mãe pediu para minha irmã Nizinha, a mais velha de nós, que pintasse um rostinho na boneca com material de escola que era o disponível naquela hora. Mal a obra prima da minha irmã estava pronta, eu já tinha esquecido o ocorrido e voltava a me deliciar com o presente. Mais uma das muitas que aprontei.

2 comentários:

Glorinha L de Lion disse...

Welze, suas estorias são sempre deliciosas! Me lembrei imediatamente de uma boneca que tive, que tinha o corpo molinho, de pano tb!
Botava fralda, trocava a roupa, tratava como filha e vivia com ela pra lá e pra cá...vc me fez ter doces recordações...
Beijos!

Tati Cavazim disse...

Que delicia temos a memória para recordar nossos doces momentos, nossas doces alegrias.
Com suas estórias, histórias e contos me divirto demais.
Te amo Mama.