Assisti o filme UM VISTO PARA O CÉU e essa postagem nem é para indicá-lo ou sugeri-lo. Mas para comentar o que esse filme despertou em mim. É a estória de um rapaz que ao morrer vai parar na Cidade do Julgamento. Nessa cidade, ele passa por um julgamento cujo veredicto é o seguinte: se absolvido, passa para um plano superior. Isso quer dizer que saberá usar uma parte maior de seu cérebro, pois como dizem os superiores dessa cidade, nós só utilizamos três por cento de sua capacidade, se culpado, volta para a Terra para mais uma vida e isso significa mais uma chance para aprender a viver, só que em outra vida. Como outra pessoa. O que determina se ele é culpado ou não é o modo como viveu aqui. Foi isso que me chamou a atenção. Por esse detalhe, valeu assistir ao filme. Esse rapaz, passou pelo julgamento e sempre que a promotora mostrava aos juízes uma atitude sua que demonstrava como ele havia sido medroso, tinha a palavra seu advogado que torcia esses fatos afirmando que ele na realidade tinha sido cauteloso. Foi assim sua vida toda. Desde pequenino, ele desistiu de brincar por medo de cair, desistiu de brigar na escola por medo de se machucar, desistiu de namorar por medo de sofrer, desistiu de ganhar dinheiro por medo de perdê-lo. Ele foi condenado a voltar para a Terra e assim, deixar de ver uma linda moça que conhecera na mesma situação, em julgamento. Mas por ela ter vivido intensamente sua curta existência aqui na terra, merecera subir de plano, de estatus. Sendo assim, não se veriam novamente. Mas quando ele a viu no onibus que a levaria para um lugar diferente do seu destino, ele se debelou contra todos, correu todos os riscos inclusive mortais e insanamente, saiu de seu onibus correndo para alcançar o dela. Mediante essas imagens que estavam sendo vistas pelos juízes, promotora e advogado, ele teve reconhecida sua coragem e conseguiu que lhe abrissem o onibus. É uma estorinha boba. Nada desses filmes para marcar a vida de ninguém, nada de ser um filme denso, nada disso. Mas achei a mensagem válida como um puxão de orelha para quem não se arrisca a nada por medo de perder o que tem. As vezes esse O QUE TEM, é tão pouco, que se for perdido, não fará diferença e a pessoa passa a vida toda sem ter nada de grandioso. Uma paixão avassaladora, uma segunda faculdade, o carro dos sonhos, casa própria e um sei lá de outras tantas oportunidades. Tenho uma conhecida que não tem filhos por medo de perdê-los. Eu sempre quis fazer uma viagem sozinha. Sem dia certo para ir ou voltar. Sem compromissos de passeios com horários marcados. Sem hora ou lugares para refeições pré estabelecidos. Sempre que pensava nisso, arranjava para mim mesma, um cem número de razões para não concluir minha vontade e seguir viagem. Esse filme veio a calhar. Estava já com planos (novamente) de fazer essa viagem, mas tenho a mais absoluta certeza que dessa vez eu vou. Única coisa que sei é o meu destino. O resto, fica por conta do que vier. Cada segundo de cada vez. Não deixo mais a oportunidade passar. Não deixo mais para depois. Posso não ter uma segunda chance.
6 comentários:
Nosso, muito legal a sinopse deste filme. Vou procurar para assistir. E melhor ainda é seu ânimo e a mudança que ele despertou em você.
Tenha um lindo domingo, querida.
Bjs
SAB EU ADORO ESSES FILMES NUNCA VOU AO CINEMA Ñ GOSTO DAÍ SÓ VEJO EM CASA EM DVD! LEIO MUITAS HISTÓRIAS DESSAS EM LIVROS TAMBÉM GOSTO MUITO!
BJIM
Querida Welze, adoro filmes assim, a gente precisa mesmo desses puxões de orelha pra entrar nos eixos, também essa roda-viva em que estamos metidos é de matar! Sabes eu já estou nessa, as viagens que faço pra lazer são sem compromissos e sem horários, eu e meu marido saimos mesmo é pra vagabundear, ver coisas e lugares bonitos que a gente gosta, não fazer nada, puro ócio, e do bom!
Eu fiz um post, já faz tempo, e coloquei uma poesia que aborda esse tema, dá uma lida, tenho certeza que você vai amar! Está nesse endereço aqui: http://marliborges.blogspot.com/2009/09/bom-noite-gracas-deus-chuva-parou.html
Welze, tenho pensado muito nisto de uns tempos pra cá.
Quando a gente vê um parente moribundo, como foi o nosso caso esta semana, começei a pensar assim como vc.
Meu marido perdeu um irmão na quinta feira passada, foi muito sofrimento e ele ainda era novo, por isto fico pensando naquela musica dos Titãs, Epitáfio, "Devia ter amado mais, trabalhado menos, preocupado menos com problemas pequenos..." certinha esta música...lição pra gente...
Vá em frente com esta sua viagem, mas precisa ter data pra ir, mas não para voltar.
Bjs
Menina, amei o que escrevestes. Já não lembrava deste filme. É lindo. E realmente nos mostra que o medo nos impede de fazer muitas coisas.
Boa sorte!
beijos
Welze, só vc pra dar essa grande lição de vida! É isso mesmo, amiga, quantas coisas deixamos de fazer por comodismo, cautela e medo?
Acho que nessa altura da vida, tudo é lucro...se tem vontade de viajar sozinha, pode fazê-lo e não há nada que impeça, faça mesmo!
O que se leva da vida é a vida que se leva!
beijos.
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