mais lembranças

Pois é, ontem não consegui deixar de comentar as notícias desoladoras sobre os "torcedores", mas hoje quero falar de coisas amenas. Não por não ter opinião ou estar em cima de muros ou ainda com a cabeça enterrada para não ver o que ocorre tão perto ou longe de nós, mas só mesmo para dar uma desbaratinada. Para alegrar o meu dia e o de quem por aqui passar. Estava conversando com minha irmã, Pe, quando comentando a postagem que fiz sobre coisas de minha ou nossa infância e nos lembramos de outras artes que passo a relatar aqui. Tinha uma brincadeira, meio que perigosa que adorávamos fazer que contava sempre com duas ou três arteiras e que consistia em uma de nós ser como João-bobo e ficar no meio das outras e tombar para frente e ser apanhada por outra menina que a devolvia para trás e a outra participante a pegava e repetia o vai e vem. A do meio era um verdadeiro joguete nas mãos das outras duas. Tinha que confiar que sempre seria segura por elas. Uma vez, nessa brincadeira, nossa coleguinha, a gorduchinha Clarinha, quis experimentar a brincadeira. Mas, por ser pesada, resolvemos que ela se jogaria para trás e nós duas, Pe e eu, a pegaríamos. Várias vezes isso aconteceu com sucesso, até que alguma coisa nos distraiu e eu e a Pe focando nossa atenção em sei lá o que, esquecemos de pegar a Clarinha que sem olhar para trás, se jogou e caiu feito um bola de boliche. Pesada, roliça e dura. Nós nos assustamos pois ela, sem falar uma palavra, arregalou seus já enormes olhos azuis e tentou balbuciar alguma coisa que não saía de sua boca. Um pouco ou muito assustadas, mas rindo demais da conta, entramos em casa e contamos o ocorrido aos nossos pais. Os pais da Clarinha acudiram a pequena e os nossos, vendo que não parávamos de dar risadas, acharam melhor que subíssemos para nosso quarto. Aquele dia, a brincadeira para nós havia terminado. Mas não nossas risadas. Tudo terminou bem, mas Clarinha não quis mais brincar de João-bobo. Por que será?