Cheguei. Já estou na minha casa. Doce lar. Lugar como minha casa, meu lar, não existe por aí. Adoro estar de volta.
Fiz essa viagem, não por estar precisando descansar, nem por querer ficar só, longe de tudo e de todos. Longe disso.
Foi simplesmente um desafio que me fiz.
Pensando em minha vida, lucros e perdas, conquistas e desilusões, me peguei um dia a pensar em coisas, atitudes que gostaria de ter tomado e não o fiz. Lugares que gostaria de ter conhecido e ainda não conheço. Me dei conta então, de nunca ter saído em viagem a passeio sozinha. Daí a ideia.
Foi muito bom. Muito bom.
Tem coisas que temos, pelas quais pagamos. Temos outras que nem temos como pagar. Não tem preço. Carinho, cuidado, afeto. Esses sentimentos que moram no mundo abstrato.
Os dias que passei em Serra Negra, no Sítio e Pesqueiro Bom Fim, foram relaxantes, purificantes, deliciosos. Paguei pelo chalé, pela boa comida e até pelo divertimento, piscina, caminhadas nas montanhas, pescaria das boas. Música o dia todo. Até o papo legal à tardinha. Tudo bem, paguei por isso. Mas o carinho, afeto, atenção, cuidado, esses recebi por graça. Chegar ao restaurante pela manhã e ver sua mesa com o delicioso e completo café da manhã, já a lhe esperar, é uma coisa. Entrar no mesmo lugar, ver o "café da manhã", quitutes demais da conta, tudo coberto com uma linda toalhinha de renda branca e virem lhe dar bom dia, com enormes sorrisos, perguntando como passou a noite, se prefere outro tipo de fruta, outro bolo, um queijinho mais light, isso é carinho. Não tem preço. Não tem como pagar.
Você chegar na piscina, todo dia, ela estar limpíssima. Paguei por isso. Mas você chegar e ver que lhe prepararam uma gostosa poltrona com mesinha e guarda sol, no mesmo lugar onde no dia anterior você ficou. Isso é carinho.
Preparar especialmente para você uma traia de pesca com uma isca que nem é vendida no pesqueiro, que é de uso particular deles. Isso é afeto. É carinho. Não irem embora à noitinha, sem antes lhe perguntar se precisa de alguma coisa ou se vai ficar bem. É carinho de família. De amigo.
No seu último almoço, lhe fazerem uma comidinha diferente da servida para outras pessoas. Lhe colocarem na mesa aquela pimenta que fizeram para uso da família, aquelas cebolinhas especiais. É puro carinho.
Muitos hotéis tem serviço de traslado de hóspedes para terminais rodoviários e aeroportos. Mas ninguém teve um passeio em família como eu tive, ao deixar o sítio. Com o carro cheio de crianças, me contando piadas, falando sobre a praia onde estarão nesse fim de semana, mostrando a escola, a casa. Delícia. Me levaram até o terminal, esperaram comprar a passagem para terem certeza que estaria dentro de alguns minutos em segurança, de volta para casa. É coisa de família.
Foi nesse clima de ternura, afeto e carinho que fiquei esses dias fora de casa.
Fora do meu lar mas não fora de um lar.
Gostei de tudo. Gostei da experiência. Gostei da coisa. O perigo é esse. Poderá virar método de vida. Adorei tudo isso.
Mas estando em casa, tudo é maravilhoso também. Me parece que até mais um pouco. Tem coisas aqui, que só tem aqui. Dessas não abro mão. Dessas não me separo por muito tempo. Essas são minha vida.
6 comentários:
Welze querida lendo seu post parece que até fui com vc nesta viajem... como devia estar gostoso por lá, quanto carinho que coisa boa, fiquei feliz por vc.
Agora... a casa da gente é o melhor lugar do mundo não tem outro, sempre que viajamos quando entro em casa digo "MINHA CAAASSSAAA" este é o meu lugar...rsrs
Senti sua falta viu...
Bjs
Amiga,
Que delícia ler seu post... dá prá sentir seu entusiasmo...sua alegria e quanto carinho recebeu...=D
Com certeza foi um tempo marcante para vc!
Tb preciso tanto de um passeio assim...mas, minha cuclinha tenho que levar...rsrs...
A viagem foi boa...mas sua volta é melhor, viu?!
Um bejim procê!
Ebaaaaaaaaa! Vc chegou! E pelo jeito cheia de energia! estava com saudades! Vá lá, vai... coloca uma foto aí, para mostrar este paraiso de que falas!!!!!!!
Tia Linda...que coisa boa e gostosa..
Fico muitissimo feliz pela senhora e pela experiencia....como a senhora mesmo diz:"fiquei até com inveja, inveja branca, aquela sem ofensa".
Bjos e até mais.
Gisele
Welze, lendo seu post e do modo como você escreve, eu quase pude me sentir ali com você.
Que delícia de passeio hein. Merecido esse descanso.
Beijos
Quando a gente pensa que a Mama vai parar com as dela, já surge com uma novidade.
Garanto que como cucla coruja que sou, fiquei preocupada apartir do dia que saiu e só sosseguei quando a vi retornar.
Sou daquelas filhas chatas que fica esperando os pais ligarem quando estão longe de casa, e ficar longe de casa é uma coisa que eles fazem com frequência.Mama e Papa adoram perambular por ai.
Mamãe pode não ter visto, mas, como sentimos sua falta. Meu pai parecia cão sem dono, longe de sua Nega, meu marido queria contar detalhadamente sobre o seu novo trabalho, mas teve que aguardar. Bruninho, ficou sem o seu papa (eles almoçam juntos todos os dias), e deve ter morrido de saudade dela,
Eu então, sou meio durona, mas não consigo ficar sem minha Mama muito tempo.
Estou muito orgulhosa de minha mãe.
Ela é daquelas mulheres dos filmes de guerreiras,se basta, se completa, se ama e se admira, e é por tudo isso que somos simplesmente loucos por ela...
Ai ai, qual será a próxima que meus pais vão aprontar, pois agora deram dessas, um dia é um que salta de paraquedas, no outro estão viajando sozinhos.
Queria que todo mundo tivesse pais como os meus. POis eles são muito mais que demais....
Ah Mama, na sexta, nós maneramos na cerveja... papai estava tristinho até para tomar uma.rsrsrs
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