19 maio 2010

MAMÃE SÓ OLHAVA...

Tenho assistido à situações bastante vexatórias entre pais e filhos. De todas as idades.É criança chutando pai, fazendo birra, se jogando ao chão por querer algo que não terá, é moçadinha se achando gente, dona da verdade, dizendo impropérios para os pais ao menor sinal de discordância, é adolescente mandando pai ou mãe se catar e cuidar da sua vida, se esquecendo que quem cuida da vida daquele ser tão idiota é o pai e a mãe. Gente grande, com barba na cara, como dizia mamãe, sem o menor pudor ou respeito, ridicularizando pai e mãe na frente de qualquer pessoa. Nossa Mãe! É de chorar. É claro que quando eu era criança, também existia esse negócio de se jogar ao chão, fazer birra, responder pais, é claro que existia, mas ato contínuo, o rebento era agraciado com palmadas na bunda, ou bumbum. Com certeza, da próxima vez, o pequeno pensava mais um pouco antes de fazer fita. Mas o que me espanta, é a falta de respeito com os mais velhos, pais ou não. Parece que é moda ser assim. Os pais passaram, de heróis, de espelho a ser seguido, a meros idiotas, fora da casinha, sem informação. Pode isso? Tudo bem que tem alguns pais, por falta de oportunidades e possibilidades, sem cursos, sem muito conhecimento didático. Mas e a vida? E o que aprenderam com a vida? Quanto podem passar sobre a vida para seus filhos? Isso nada importa? Não merecem respeito por não terem diploma ou título? Nem é por falta de título não, pois isso também ocorre com muitos DE ERRES (dr)por aí. É falta de respeito mesmo. Em casa, sempre sob comando da mamãe, nem se falava muito não, era só na base do olhar. Com um simples olhar, mamãe dizia para sairmos de perto, para pararmos de falar, para irmos para o quarto, para fazermos determinadas coisas. Erguer a voz para meu pai ou mãe ou qualquer idoso, era sacrilégio. Porque essa mudança? O que essa rapapaziada espera com isso? Ganhar respeito? Como, se não respeitam ninguém? É triste essa constatação, mas para muitos filhos, os pais, ainda que provedores, não passam de pessoas que estão sempre atrapalhando. Nunca senti medo de meus pais, mas o respeito era imenso. Até por meus irmãos mais velhos. Fui criada assim, assim criei meus filhos. Tomara que eles consigam criar os filhos deles dessa forma. Tomara que consigam formar pessoas boas, que saibam o valor de se ter por perto, pessoas que incondicionalmente, serão sempre por elas. É claro que o que vemos em TV, jornal, em noticiários acerca de brutalidades entre pais e filhos e com idosos, nem merece referência aqui. Isso, nem merece registro.

4 comentários:

byPoliana disse...

Você está certa, falta muito respeito para com os mais velhos hoje em dia. Bjo

Marly disse...

Welze,

Concordo totalmente com você. Eu também às vezes fico perplexa com os desrespeitos dos jovens. Mas acho, sinceramente, que isso se deve a dois fatores: a ausência dos pais, na ocasião em que eles deveriam ter sido educados, ou aos equívocos da educação modernosa, que confunde firmeza e direcionamento com autoritarismo e violência. O pior é que os desrespeitos tendem a aumentar exponencialmente, pois quando os jovens de hoje estiverem, eles mesmos, no comando, muito provavelmente serão ainda mais desrespeitados. Isso será assim porque tudo no mundo tende à expansão. Mas nós, os que cremos, achamos que é porque o que se planta hoje, se colhe amanhã. E a colheita é sempre mais numerosa do que o que foi plantado.
Beijinho

Leci Irene disse...

Tens razão, amiga! Tens razão! Ainda bem que ainda existem familias que ainda valorizam o respeito,que ensinam o valor real das pessoas....

Tati Cavazim disse...

Papai e Mamãe realmente fizeram um trabalho excelente comigo e com o Bruninho. Estamos ambos a beira dos 30 anos e os respeitamos da mesma forma, alias, sinto que ainda mais, porque um dia eles serão como vovô e vovó.
Minha mãe cuidou com muito zelo de seus pais, e os pais do papai estão por aqui ainda, no auge dos seus quase 90 anos, curtindo junto com a gente nossa "adulta infantil vida".
Mamãe nos ensinou que "não" era "não" e nem adiantava ficar bravo, tinhamos em nosso quarto uma tal cadeirinha de vime que era nossa companheira de castigo.
Aprendemos que a injeção ia doer, mas que ia passar porque ela e o papai estavam por perto.
Aprendemos que o remédio podia ser bem ruim, mas ia ser excelente para mandar aquela doencinha chata embora.
Aprendemos que regras são excelentes.
Entendi esse processo ainda melhor quando passei por uma fase bem desregrada, ainda bem que voltei para o trilho sem demorar muito.
Iamos dormir todos os dias as 9h30 e levantavamos as 8h da matina, só podia ser um poquinho mais tarde nos finais de semana. E ainda que nem era tão mais tarde porque o papai acordava a gente batendo panela nos quartos, de maneira figurativa é claro.
Aprendemos que comer as coisas certas nos trariam saúde e disposição, deu certo.
Posso ficar horas aqui, mas o post é da Mama.
Tomara Deus que eu e o Bru consigamos fazer um trabalho bom também.