Como uma rainha

Olá Queridos,
Como havia-lhes dito, contarei um pouco mais sobre a despedida de mamãe.
Já no hospital, em 28/10, as borboletas azuis estiveram ao meu lado novamente, e agora eu já sabia o que elas significavam.
Pedi aos nossos que usassem azul, para que pudéssemos ajudar mamãe a se desprender desse mundo com mais tranquilidade.
Fui para casa, tomei um banho assistido pelas minhas queridas, Fernanda Pisani, Minha Sogreta Marlene Cavazim, e nosso Anjo da Guarda, Dª Cida, que tem com muito carinho cuidado de nossa casa.
Coloquei o vestido que Mamãe mais gostava, meu vestido azul.
Arrumei o cabelo, tomei um copo de leite, e fomos para a festa de despedida.
Pouco a pouco, trajando azul, nossa família e amigos foram chegando, cada um com uma palavra, um abraço, um beijo.
Sem desespero, sem choradeira excessiva, sabíamos porque estávamos ali.
Fizemos o nosso melhor.
Mamãe estava com a roupa preferida do papai, haviam borboletas azuis em seu peito.
Muitos amigos e familiares estiveram conosco nesse momento tão importante, muitos de nós de azul, e com as borboletas por perto.
Seus amigos motociclistas apareceram em peso para levá-la embora.
Não havia nada combinado, mas eles foram chegando, se organizando.
No trajeto de despedida, dessa vez não mais ela como Capitã, nem eu como a ultima do cordão, estávamos sendo conduzidos por um lindo cordão de motos que foram fechando o transito para que seu ultimo desfile não fosse interrompido.
Ela desfilou lindamente, como a rainha que sempre foi.
Rainha de nossa vida, de nossa casa e nossa vida.
Foi conduzida por batedores da maior qualidade, seus amigos, cada um no seu cavalo motorizado.
Até sua nova morada, que é linda também.