10 dezembro 2009

PASSOU COMO UM RAIO



Como previsto, ontem, lá pelas nove horas da noite, ouvi ao longe, as buzinas e a música da carreata da Coca Cola com Papai Noel. Corri para a rua munida de câmera para registrar festa. Minha casa fica no meio das avenidas por onde iria passar a comitiva natalina e assim, o som que ouvi foi da carreata indo em direção aos bairros, por esse motivo, demoraria um pouco para voltar por nossa rua. Mesmo assim, a avenida estava cheia. Todos agitados e alegres esperando pela mágica visão. Crianças com pijaminha, tiradas da cama pelos pais, gente grande com roupa de dormir e com cara de quem já estava tendo um papo de perto com o Sr. Sono. Mas muita gente na espera de Papai Noel. Mais parecia carnaval. Tinha gente com celular em punho, gente, como eu, com câmeras fotográficas, alguns com filmadoras. Todos querendo registrar a passagem sem perder nenhum detalhe. Só que, cadê todo mundo? Onde estão os caminhões, a música, as balas jogadas pelo urso? Espera que espera, e nada. Passado algum tempo, muita gente desistiu e foi embora, crianças dormiram nos colos dos pais, teve gente que deu uma saidinha básica para um xixizinho, outros foram buscar agasalhos, pois a vigília prometia ser longa. Passado algum tempo, muuuuito tempo, já era quase onze horas da noite, escutamos o pessoal do fim da avenida gritar. Era ele! Era Papai Noel e sua gente. Estavam enfim chegando. O alvoroço foi enorme. Muitos ligaram pelos celulares os que tinham ido embora para avisar que o corso já estava perto. Quem descia dos onibus, dava graças por ter conseguido chegar a temo. A festa tomou conta da avenida. Estava ao alcance de nossos olhos. Uma visão deslumbrante. Inesquecível. Mágica. Eu, quase em transe, não parava de tremer. Já com lágrimas pelo rosto, comecei a gritar e pular. Todo mundo batia palmas, gritava, cantava. A criançada corria o quanto podia atrás das luzes. De perder o fôlego. Nossa! Num segundo estava se aproximando, no outro na nossa frente e no seguinte, tudo que se via era o bumbum do último caminhão. Foram apenas alguns segundos. Segundos extasiantes. Todos gritavam suas emoções. Todos queriam falar o que tinham sentido. Cada um parecia ter visto um detalhe diferente. Mas com a mesma emoção. Cada um com sua emoção e com sua história, foi voltando para sua casa. Todos com um sorriso de encantamento no rosto. Todos pareciam flutuar. Ninguém ficou imune a essa magia. Amanhã tem mais. Em outros bairros, em outras ruas, mais pessoas viverão essa magia. Essa felicidade. Pena que foi tão rápido. Passou como um raio. Mas valeu a pena. Valeu muito a pena.

3 comentários:

Glorinha L de Lion disse...

Que lindo Welze, aqui nunca teve isso não...será que é porque a cidade é grande? Ou será que é porque o caminhão do papai noel ia ser roubado e o pobre do noel sequestrado?
Sai baixo astral! Xô...Tô de farol meio baixo hoje, mas achei isso tão lindo e vc conta de maneira tão emocionante!
Com certeza eu ia me debulhar, ando com o choro na ponta dos olhos prontinho pra sair...
E olha, vcs merecem todo o carinho do mundo, viu?
Beijos, minha querida.

Nane Cabral disse...

Uma vez passou aqui no meu bairro, é lindo mesmo! bjos, Nane www.vovoqueensinou.blogspot.com

Tati Cavazim disse...

Mama, como quando eu era criança, sai correndo pelo condominio descalça para alcançar o caminhão, não deu. Mas a felicidade de ouvir sua música foi maravalhosamente marcante, consegui ouví-lo até mesmo quando já estava longe....