10 setembro 2010

BONANÇA. CADÊ ELA?

Dizem que depois da tempestade vem a bonança. Estamos em meio a uma tempestade, algumas pessoas da minha família, tempestade essa, da qual não me excluo, já faz algum tempo. Muito choro, desconforto, preocupação e tristeza mesmo. Quando é que chega a bonança? Quanto tempo gente boa, religiosa, preocupada com o bem estar do próximo, tem que ficar em meio a um vendaval para só depois ver lá no horizonte, um céu azul, tranquilo? Espero que esse céu esteja para chegar logo para esses meus queridos.
É impressionante como as vezes, surge alguém não se sabe de onde, com educação, cultura, religião, crença, costumes diferentes dos nossos, se instala em nossas vidas, nos nossos dias, se porta como se pertencesse ao nosso meio e como se sempre estivesse lá. Como se nossa cria fosse.
Os mais céticos olham de soslaio, sem muitas festas, com certa e inteligente reserva. Já os mais festeiros, aí me incluo, recebem esses seres com serpentina, balões, confete e muita alegria.
Mas aquela pessoa não é dali. Não pertence a nós. Sim porque na minha família, somos uns dos outros. Nada acontece a um que o outro não saiba e que mesmo estando longe, não mande pelo menos uma prece para parabenizar ou chorar junto. Na minha família é assim.
Mas como já ouvi dizer, ninguém engana muita gente por muito tempo e aí a máscara cai. Aí neguinho se escancara e vira um furacão. Então é sofrimento para todo lado. Os tais céticos dizem, é claro, que já sabiam que isso mais cedo ou mais tarde ocorreria. Os mais festeiros, enfiam a viola no saco e partem para a luta que se resume em conter o furacão. Cada um com sua arma. Uns tentando pelas beiradas, outros, mais atingidos e por isso mesmo, tornando-se mais fortes, vão direto ao epicentro. Alguns ficam pouco mais longe, com banquinhos, toalhas e água, como se estivessem no canto de um ringue, para animar e reestabelecer a confiança e força dos que lutam de maneira mais bravia.
Já dura um tempo essa tempestade. Muito tempo. Por isso, tenho certeza que está próxima do fim. Muito próxima. Eu como sou mais alta que a maioria da família, no alto dos meus metro e setenta, já posso ver lá longe, não, parece que não está tão longe assim, está logo ali na frente o tão esperado céu azul e límpido. Com as bênçãos da harmonia, amor, amizade e com muito respeito.

2 comentários:

Leci Irene disse...

Amiga Welze: aqui, nos pampas, o inicio do mes de setembro é com muitos ventos. Mas,quandos os ventos de setembro passam é sinal de que a Primavera se instalou de vez...
Tomara que as flores por aí cheguem depressa...
Beijos

www.comtextosdavida.com disse...

Olá Welze!
Você já ouviu a frase: tudo concorre para o bem?Infelizmente depois que tudo passa é que descobrimos qual foi o aprendizado que tiramos do acontecido. Espere e vc saberá.
bjs Laís