COMO ME SINTO

Como falei em outra postagem, já cheguei a me sentir uma árvore

de Natal por dentro. Tamanha era a quantidade de contraste que

me foi introduzido via oral, anal e pela veia. Um luxo. A própria mulher fosforescente. Hoje, depois de alguns dias, sem ingerir frutas, grãos, carnes, estando mais na base de pure de batatas bem molinho, leite com um pinguinho de café, pão de ló, biscoito de polvilho, ou como era chamado, DE VENTO e muita, muita, muita, mas muita água mesmo e tomando medicamento que favorece a eliminação de fezes para que todo o intestino a ser examinado esteja bem limpo, me sinto uma casa vazia e inundada. E olha que não sou uma casinha qualquer não. Nada disso. Sou um casarão com 57 anos, bem sólida, de paredes grossas, dois andares e por estar completamente vazia, estou até dando eco. Me sinto alagada, inundada pela quantidade absurda de líquido que estou tomando. Isso até hoje as 22horas, quando fecho a entrada, a porta da frente para tudo. Exatamente tudo. O fato de tomar muito líquido não me incomoda, por estar acostumada a isso. O ruim é não estar me alimentando normalmente. Então, a impressão que dá é que se eu ficar de pernas para o ar, a água que está dentro de mim, sairá feito cachoeira. Nossa! Não será melhor tampar os ouvidos? Parece que ela pode sair por eles também. Brincadeiras à parte, só divagando aqui, para animar um pouco meu pedaço. É só para brincar um pouco com a situação. Tudo levado muito à sério, não é bom. Brincar é melhor.