19 fevereiro 2010

AINDA SOBRE NOSSA MÍDIA

Muito se tem ou pelo menos eu tenho, para falar sobre nossa mídia, mais precisamente sobre os profissionais da televisão, mas não cansarei ninguém mais, com esse tema. Mesmo porque, infelizmente, não posso mudar a opinião da maioria. O que posso fazer e faço, é mudar de canal ou se não achar nada que preste ou que seja do meu agrado, desligar a televisão e ler um bom livro ou melhor ainda, bater um bom e longo papo. Tenho com o que desfrutar dessas duas alternativas. Companhia para um ótimo papo, tenho, é claro. Bons livros, também, inclusive acabo de ganhar mais um, é o MAD MARIA, de Márcio Souza, que já comecei ler. Me foi presenteado pela mana, Nini. Depois comento sobre ele. Mas como ia dizendo, não falarei mais sobre profissionais da televisão, mas não posso, não consigo me calar, sem tocar um bocadinho que seja no que se refere a mudança de estilo ou virada de casaca mesmo de certos jornalistas. A mudança de comportamento de certos apresentadores(as) de programas diários, me deixam boquiaberta. Jornalistas gabaritados (as), informados (as), antenados (as), que antes desciam a lenha na frente das câmeras em profissionais que usavam a dor de outras pessoas, que exploravam uma situação crítica, hoje fazem de seus programas com audiência expressiva, uma esculhambação ainda maior do que a que era feita por aqueles profissionais a quem julgavam. É impressionante, como um programa com a duração de algumas horas, se permite a levar ao ar, minúcias de uma mesma notícia. Ficam o tempo todo falando sobre o mesmo assunto. Se é por conta de alguma enfermidade que tenha acometido determinada pessoa pública, eles vasculham casos semelhantes, pessoas que também tenham sofrido desse mal, médicos são chamados para falarem tudo o que sabem sobre a tal doença, parentes de pessoas que não sobreviveram por conta dessa doença, são igualmente encontradas e recrutadas para darem seus depoimentos. Se um barco ou avião foi alvo de acidente, aí então profissionais de alto escalão da marinha e aeronáutica, são convidados a darem suas razões e conclusões sobre o acontecido, antes mesmo de qualquer sindicância ou análise. Se uma pessoa ganha um prêmio, fica-se conhecendo até a parteira que ajudou o distinto vir ao mundo. As primeiras professoras são as mais aclamada para falaram do dito cujo numa sala de aula. E ai dele, se não foi um aluno exemplar. É motivo de riso e acha-se bonitinho, mais um charme para a tal pessoa, não ter concluído nenhum curso. A urubuzada em portas de hospitais, enfiando os microfones nos rostos de parentes e médicos que saem por qualquer porta, é de chorar. Antes esse comportamento era muito criticado, esse mesmo comportamento hoje usado por quem antes criticava. É realmente de chorar. Faz-se de uma extração de amígdalas uma panaceia digna de primeiras páginas e assunto para horas em um programa de televisão. Por que será? Falta de assunto? Sei lá. Acho que não. Penso que é por que tem goste. Aí então, fico na minha. Tem gosto para tudo.

Um comentário:

Vicentina disse...

Olá Welze, realmente certos programas estão mesmo uma bobagem.
O programa da Sônia Abrão principalmente, coitada parece que não tem assunto fala de cada coisa que da dó. E faz tbm o programa em cima do programa dos outros.
Bem, é como vc disse, como não podemos mudar, vamos mudar de canal, rsrsrs.
Bjs