ficar à vontade

Tem dias que eu quero mais é ficar muuuito à vontade. Sem me preocupar com roupas, se estão em condições de atender alguém que chegue de repente, sem me lembrar que estou com as raízes do cabelo branco já aparecendo, sem me dar conta se estou com uma bermuda branca e a calcinha é colorida e deixa passar pelo menos uma ideia de sua cor atravez do branco da bermuda. Se estou com uma blusa de alcinha e as do sutiã estã aparecendo. Nem quero saber de nada. Quero ficar por conta do Abreu, como dizia mamãe. Pernas para o ar, muito suco pronto na geladeira para tomar assim que der vontade, frios fatiados e pão gostosinho para uns sanduichinhos, caso tenha fome e assim não precisar ir para o fogão. É quando pedimos para se o mundo acabar, que o faça em barranco, para ficarmos encostados. Nesses dias, que para mim são raros mas existem, uma coisa é um símbolo. SUTIÃ VELHO. Ah, nada mais gostoso e confortável, que um sutiã velho. Aqueles que os elásticos já não tem muita tensão. Não ficam mais justinhos. Não levantam muito mais os seios como quando eram novos, o sutiã e os seios. Eu tenho um sutiã assim. Vira e mexe, tento descartar o pobre, mas acabo colocando novamente o danado na gaveta de sutiãs, para alguma emergência. Ele e nada é a mesma coisa, mas prefiro ele. Tenho alguns lindinhos, ou lindões, pelo tamanho, coloridos, conjuntos com calcinhas também bem bonitinhas. Gosto de usá-los. Mas tem dias..... E nesses dias, recorro ao meu velhinho. Se eu pudesse, ainda que desaconselhável por médicos, andaria sem, mas já que não posso, devido ao volume dos seios e ao juízo, nos dias de relaxamento, dentro de casa, sabendo que não serei surpreendida por ninguém, uso meu fiel escudeiro. Já roto, mas grande amigo do peito.