05 outubro 2010

COMPORTAMENTO

Como sempre que vou ao centro da cidade, hoje almocei no restaurante de costume. Só que em horário nunca antes experimentado. Uma loucura. O restaurante tem dois andares, várias salas com mesas, bem ventilado, uma delícia de lugar. Mas hoje, no horário que fui, estava super lotado. Muita gente com bandejas com refeições e bebidas nas mãos, subiam e desciam as escadas, sem saberem onde aportar. Eu e mais meio mundo, só ocupando um lugar em mesa, na maioria com três lugares. Uma judiação. Pensando nisso, quando um rapaz, bonitão é claro, olhou para mim com cara de pidão, quase que me obrigou a oferecer-lhe um lugar à minha mesa. Ele mais que depressa aceitou, foi sentando, dizendo que estava atrasado e começou a almoçar. Uma outra moça, jovem senhora como eu, tomou a mesma atitude e assim um outro rapaz se sentou com ela à mesa. Só que para esse rapaz, a coisa foi mais difícil. A cadeira que ele ocuparia, estava enfiada, bem perto da mesa e a cadeira da mesa de trás, na qual almoçava uma outra moça, encostava nessa. Ele tentou arrastar a cadeira onde sentaria sem bater na da moça, mas foi impossível. A moça olhou para trás com cara de poucas amigas e não se dignou a arrastar sua cadeira e mesa um tantinho para facilitar a vida do rapaz. A jovem senhora que lhe ofereceu o lugar, afastou sua cadeira o máximo possível até a parede, trouxe a mesa para seus peitos, grandes por sinal e assim o rapaz, passando a perna por cima da cadeira, conseguiu entrar no lugar e sentar-se. A dondoca da outra mesa nem se mexeu. Uns tão prestativos outros tão pouco solícitos. Com meus dezoito anos, estava em São Paulo para fazer um curso e almoçava numa padaria perto do local do tal curso. Num almoço, levei um baita susto, quando um rapaz chegou perto da mesa onde estava e me perguntou se podia usar aquele lugar. Eu tremi na base, afinal estava em São Paulo, cidadão onde só ia a passeio e com mais gente e estava naquela ocasião sozinha. Mas percebi que era costume esse procedimento. Logo logo veio uma moça da minha idade, juntar-se a nós. A partir daquele dia, estando só ou com outras pessoas, sempre que sobram lugares na mesa que ocupamos e faltam no lugar onde estamos, temos o costume de disponibilizar esses lugares para o garçom. Assim não corro o risco de ser chamada de assanhada, nem fico comendo pelo cotovelo, com pressa para desocupar a mesa, nem tampouco fico segurando lugar vazio. Cada um age como lhe parecer melhor.

4 comentários:

Figos & Funghis disse...

Oi Welze! Estou passando pra te deixar beijinhos querida!
Boa noite!
Fabi

ELIANA-Coisas Boas da Vida disse...

WELSE VC É MUITO BACANA ADORO PESSOAS ASSIM,NADA DE Ñ ME TOQUES E FRESCURADA!
BEIJO

Nilce disse...

Oi, Welze

Olha que você chamou o moço de propósito. kkkk
Também temos o costume de oferecer os lugares vazios, quando sobram, em nossas mesas.
Ainda tem gente boa neste mundo. Por isso que não perco nunca a esperança no ser humano.

Bjs no coração!

Nilce

Fla disse...

Welze eu não me incomodo em dividir mesa também, mas confesso que as vezes fico meio constrangida...risos.
Mas essa da mulher não afastar a cadeira foi o óh né? Credo, gente mais sem noção né?
Quando vou ao centro adoro almoçar no vegetariano..hummmmm que fome.
Bjs