GOSTASSEM DO AMARELO?
Lembram desse jargão?
Era para determinar e avisar que cada um tem seu gosto. E como isso é verdade!
Cheiros, sabores, cores, gente. Muita coisa para gostarmos das mesmas. Ainda bem. Ainda bem que temos gostos diferentes.
Outro dia passando por uma casa recem vendida, já com materiais de construção à sua frente, alguns acertos já estabelecidos, pedreiros conversando com os novos proprietários sobre a reforma a ser feita no imóvel, me pus a pensar sobre isso.
Essa casa foi construída há uns quinze ou vinte anos. No caminho para a pista de caminhada, pude acompanhar a construção dela, diariamente. O casal proprietário todos os dias por ali, checando a evolução da construção. Por muitas vezes pude ouvir o casal se deliciando com o que viam. A casa tinha meio que um aspecto de pequeno castelo. As janelas, estreitas e altas e as portas tinham sua parte superior, arredondada. A parede não era lisa. Tinha um efeito ondulado que lhe dava um ar de antigo. Por isso eu nomeá-la de castelo branco, cá com meus botões. Pois bem, depois desse tempo, muita coisa mudou, moda veio e foi e os novos proprietários uma das visitas à pequena obra falou ao pedreiro que queriam porque queriam que as paredes perdessem aquele ar de casa enrugada. O pedreiro explicou que seria necessário derrubar todas as paredes pois elas já eram absurdamente grossas para tentarem alisar sem que aumentassem ainda mais sua espessura. A moça não se conformava. - Credo! disse ela. Mais parece um castelo velho com essas paredes. Mas fazer o que? Fica assim então. Quando puder derrubo tudo e faço novamente ao meu modo, ao meu gosto.
Incrível como um detalhe que foi a grande alegria de um, agora era a chateação de outro. Não por ter passado tantos anos, não. Mas pelo simples fato de ser outra pessoa com outro gosto.
Eu, sapo de fora, até fiquei contente. Depois de passar por um ano abandonada, à venda, o jardim voltava a ser cuidado, paredes limpas, recem pintadas "de branco", posso ver o castelo branco, novamente com sua real função. Uma casa com gente dentro. As janelas e portas que por esse tempo estiveram fechadas, hoje em dia já se mostram abertas, com uma movimentação gostosa lá dentro. É sinal de vida. Estou adorando acompanhar essa reforma. Cada dia um detalhe novo. Gosto disso. Não tenho nada com isso, mas gosto disso.
4 comentários:
Pois é, mudan-se os tempos... mudam as pessoas... mudam os gostos.
Bjinho
Maria José
Falou tudo hein amiga!!Acho até, que vou usar a sua introdução lá no meu orkut...é apesar de cada um ter um gosto, afff, o povo ta me enchendo as paciencias por conta de um mero óculos de sol, que ao meu ver, é lindo, mas não agrada a mais ninguém, ou será que agrada e as pessoas não se dão por vencidas???hahaha
Aqui derrubei td a frente da minha casa essa semana,hihihi, os vizinhos estão estupefatos,hihihihihi.Mas tudo pra melhorar o visual, certamente.
Adoro ler tudo que vc escreve, e como você escreve bem menina!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
Beijocas!!
Welze, dizem que gosto não se discute, mas a gente vê cada coisa por aí. É interessante pensar que cada qual acha que está fazendo o melhor ou o mais bonito possível. Nas minhas caminhadas também andei acompanhando a construção de uma casa, ficou com uma arquitetura belíssima, porém quando passei por lá e a vi pintada, não quis acreditar no que meus olhos viam, deixaram-na inteirinha na cor roxo, que particularmente, eu não gosto. Tá vendo, gosto é gosto!
Beijos minha querida e bom final de semana.
Havia uma casa próxima daqui cuja reforma não terminava nunca e os jardins da frente e da calçada foram os últimos a serem feitos. Aquela casa destoava das outras. Caminhávamos com os cachorros pela calçada, mas quando chegávamos lá, tínhamos que passar pela rua, pois o mato tomava conta...
Ver a casa pronta deu uma sensação boa. Espero que tenham ficado felizes os proprietários também.
Adoro mudanças, Welse. Melhor ainda depois de pronta...
Bjs.
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